Quero te dar as boas vindas ao site Domínio Elétrico. Neste artigo inicial do blog, vou contar um pouco sobre o que você encontrará por aqui e como tudo começou.
Seções:
- O começo do Domínio Elétrico
- Uma fase difícil: a pandemia
- Uma nova fase: apenas com o YouTube
- Atualmente: apenas este site (e minha paz de espírito)
- Venha estudar circuitos aqui no Domínio Elétrico
O começo do Domínio Elétrico
Quem me conhece há mais tempo sabe que comecei a produzir aulas de circuitos elétricos em 2019, publicando-as no YouTube. Na verdade, quem prestou mais atenção ou me conhece pessoalmente, sabe que comecei a ministrar aulas de circuitos no ITA, aos alunos de graduação em engenharia eletrônica.
Produzi muitas vídeo-aulas de conteúdos técnicos, explicando os conceitos básicos de circuitos elétricos. Foram centenas, mudando o formato para experimentar outros de vez em quando. Não fiquei apenas no YouTube, mas também resolvi explorar os territórios hostis do Facebook e do Instagram. Este último era o que mais me causava desânimo, por ser orientado para conteúdos superficiais de vida curta e direcionado para pessoas em momentos de distração. Mas como era o senso comum que eu via na realidade paralela das redes sociais, resolvi dar um jeito de produzir conteúdos didáticos nestas plataformas.
Posso escrever um artigo inteiro defendendo que você abandone as redes sociais, contando por experiência própria por que eu acredito que é o melhor a se fazer para o bem do seu trabalho, dos seus estudos e da sua vida pessoal inclusive. Mas por enquanto digo que, da minha parte, resolvi sair das redes sociais, considerando tanto motivos pessoais quanto profissionais. Isso tem tudo a ver com este site.
Adiantando a história, no início de 2020 o Domínio Elétrico era apenas um curso online que eu lancei nessas plataformas populares de infoprodutos. Usava as redes sociais para divulgar o curso, investindo pesado em anúncios online. Desta forma, fui me tornando dependente das redes sociais para continuar o meu trabalho, de forma que não era pelo vício, mas por estar financeiramente preso ao sistema destes algoritmos de recomendação.
Depois de centenas de alunos, através de um demorado e doloroso processo, percebi que devia reinventar a forma de administrar este projeto, e que essa parte era até mais importante que a própria qualidade didática das aulas em si para a continuidade do curso online.
Uma fase difícil: a pandemia
Foi horrível para todos nós, de variadas formas: ansiedade e preocupação com a saúde própria e das pessos próximas amadas, e também com as consequências econômicas desastrosas que decorreram. Nas grandes plataformas de mídia, como redes sociais e YouTube, tivemos um momento atípico de muita gente online, consequentemente muita atenção e no meu caso, muitos alunos novos no Domínio Elétrico.
No entanto, foi um momento que escancarou a fraqueza da educação brasileira. Da minha parte, pude relatar que recebi muitas vezes pedidos de resolução de trabalhos acadêmicos e provas, o que considero eticamente inaceitável e portanto neguei todos os pedidos do tipo. Isso é um enorme desrespeito com qualquer tipo de professor. No mínimo, é uma afronta a dois professores: ao da faculdade, que passou o trabalho ou prova, e ao professor a quem se fez tal pedido imoral.
Mas focando no caso dos alunos que de fato queriam aprender, esse período difícil de isolamento social acentuou e talvez normalizou algo que já acontecia: alunos de faculdade buscam fora, na internet, por conteúdos da faculdade quando esta deixa a desejar. Nesse contexto, iniciativas como o Domínio Elétrico vêm preencher lacunas grandes na educação brasileira. Só que o que mais me surpreendeu não foi isso, mas foi o fato de ter professores formados, com currículo mais extenso que o meu, buscando aprender comigo a matéria de circuitos para ministrar na própria faculdade (isto é, supondo a melhor das intenções).
Uma nova fase: apenas com o YouTube
Pelo que lembro, foi em 2022 o auge do meu engajamento no Instagram, onde minha conta profissional chegou a ter 17 mil seguidores. Pude perceber que o alcance que eu tinha, obtido com muito conteúdo e anúncios, dava retorno em termos de novos alunos para o Domínio Elétrico, mas também cobrava um custo muito alto da minha parte. Nem estou falando de custo financeiro, mas sim da minha saúde mesmo.
A questão é que a constante necessidade de novas publicações para manter o engajamento com um algoritmo de recomendação imprevisível não faz bem à saúde mental. Eu sentia necessidade de publicar novos conteúdos diariamente, em vários momentos, e não apenas conteúdos didáticos, mas também coisas do dia a dia, porque afinal, as pessoas se conectam com pessoas. No entanto, o resultado disso foi desastroso: uma ansiedade de nunca ter feito o suficiente, mesmo acordando com o celular na mão para ver notificações e indo dormir com expectativa de tráfego melhor no dia seguinte.
Então, certo dia eu dei um basta nessa situação, encerrando e depois desativando e excluindo a minha conta profissional no Instagram. Pensei, não importam as consequências, mas vou ter que me adaptar a partir daqui do jeito que precisar. Assim voltei a focar no YouTube, lugar bem mais adequado a conteúdos sérios e bem mais propício a materiais relevantes.
Não é por acaso que o YouTube é bem mais rico em conteúdos didáticos de todos os tipos que as demais plataformas. Ao permitir vídeos longos, a plataforma de vídeos do Google dá suporte a materiais mais profundos e detalhados. Por outro lado, plataformas de redes sociais da Meta (as mais populares) ou outras similares focam em interações entre pessoas com um algoritmo de recomendação que acaba privilegiando coisas chocantes e apelativas.
Com isso, ao focar meu trabalho no YouTube, senti que estava no meu lugar. No entanto, a experiência com o algoritmo de recomendação do YouTube também me frustrava, porque vídeos com conteúdos densos, que exigem maior foco e raciocínio, naturalmente perdem no ranqueamento comparado a vídeos de pessoas fazendo coisas fúteis para chamar a atenção. Não é um problema tão acentuado quanto nas plataformas da Meta, mas ainda assim era algo que me incomodava.
Os desafios da produção de aulas para o YouTube são altos, mas eu acreditava que no meu caso, fazia todo o sentido. Só que depois eu passei a perceber que outros tipos de vídeos mais fáceis de fazer davam mais retorno, como os de recomendação/indicação de livros e calculadoras.
Comparativamente, fui percebendo que produzir aulas para o YouTube é uma tarefa bem ingrata. Primeiro, pelo lado do algoritmo de recomendação, assuntos mais fáceis têm maior retenção e portanto tendem a ser mais recomendados, e também, vídeos de notícias escandalosas, chamativas ou sensacionalistas apelam para a curiosidade que uma aula de circuitos nunca vai conseguir.
O segundo motivo para deixar esse trabalho ingratificante é que quem produz aulas para o YouTube tende a receber um desrespeito por parte da audiência só pelo fato de querer ser remunerado pelo seu trabalho. Imagino que essa parte da audiência seja composta por jovens que nunca trabalharam que não compreendem que, assim como os pais deles, os professores não só têm direito mas também precisam ser remunerados pelo seu trabalho. Assim, acredito que quem tem um site bem feito tende a ser levado mais a sério que quem prioriza plataformas como YouTube e redes sociais.
Atualmente: apenas este site (e minha paz de espírito)
Enfim, chegou o momento que ficou claro para mim que a paz de espírito com a qual tanto sonhava podia ser alcançada ao focar em desenvolver o próprio site, com os cursos, conteúdos, artigos, e tudo o mais que achasse interessante. Se você não sabe, este site é um projeto inteiramente próprio, o que significa que eu não contratei uma solução pronta para mudar só textos e cores, mas que eu o desenvolvi direto no código-fonte, pensando nos detalhes da infra-estrutura de nuvem utilizada.
Descobri que aqui no meu próprio site eu posso configurar as coisas da melhor forma possível considerando o propósito educacional do trabalho. Além disso, tenho a parte de blog, que serve para eu publicar os conteúdos que outrora publicaria nas plataformas das grandes empresas de tecnologia, com a diferença que aqui não existe algoritmo de recomendação, e só eu (ou quem sabe, no futuro, alguém da equipe) escrevo e vocês leem.
Este blog foi pensado principalmente em atrair visitantes para o site que pesquisam o que querem aprender no Google, mas também em nutrir intelectualmente aqueles que já conheciam o site. Como é muito mais tranquilo produzir, revisar e publicar conteúdos no formato de artigos, estou bem animado com esta nova empreitada.
Penso em utilizar este espaço de blog tanto para divulgar artigos em formato livre como este, contanto alguma história relevante, como para trazer conteúdos técnicos sobre circuitos elétricos. Aqui há a vantagem de poder editar, melhorar de vez em quando, escrever artigos mais compridos. Tudo isso é possibilitado pelo fato de que quem abre o blog de um site está com mais paciência e foco para ler alguma história e entender algum conceito técnico do que alguém que abre o feed de uma rede social enquanto espera o elevador.
Venha estudar circuitos aqui no Domínio Elétrico
Agora que eu já te contei a história do site (de forma resumida), eu te convido a conhecer todo o conteúdo que temos na área interna. Você pode:
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Criar uma conta gratuita: com ela você pode acessar nossa playlist gratuita, de algumas aulas em vídeo selecionadas do conteúdo pago. Depois, você poderá fazer upgrade para uma conta premium caso goste.
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Ir direto para uma conta premium: com uma conta premium você tem acesso total a todos os cursos e playlists. Você pode ter uma conta premium através de uma assinatura no site, que pode ser mensal ou anual. A não ser que esteja pensando em estudar por pouco tempo apenas, recomendo o plano anual, que sai bem mais em conta.
Na nossa área interna, temos tanto aulas conceituais, explicando os diversos conceitos teóricos de circuitos de forma bem didática, quanto resoluções de exercícios de circuitos e aulas experimentais, mostrando circuitos eletrônicos em laboratório.
